sábado, 20 de dezembro de 2014

A IMPORTÂNCIA DA AUTOPERCEPÇÃO PARA A SAÚDE

A autopercepção tem uma grande importância para a saúde. Pessoas com pouca autopercepção correm o risco de não perceberem os sinais que seu corpo envia de que não está bem, ignoram o que acontecem dentro de si, enquanto que pessoas com excessiva autopercepção correm o risco de desenvolverem síndrome do pânico ou hipocondria, por estarem hiper vigilantes as suas sensações físicas e emocionais. A região do cérebro responsável pela autopercepção é a insula.Fica situada entre os lobos temporal e frontal e é nela que os órgãos viscerais estão mapeados em pontos específicos. Uma maior ativação na insula aumenta o nível de autopercepção, ao passo que uma baixa ativação apresenta baixo nível de autopercepção. Assim para modificar o nível da sua autopercepção você deve aumentar ou diminuir a ativação da ínsula.
O tratamento mais validado para tratar a síndrome do pânico é a terapia cognitiva. Nela os pacientes aprendem a reenquadrar ou a reavaliar o significado dos sinais corporais e alterar sua relação com seus próprios pensamentos e emoções, diminuindo assim a ativação da Ínsula.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Como pessoas deprimidas podem aumentar sua capacidade de sustentar emoções positivas segundo o neurocientista Richard J. Davidson.

Em situações alegres são ativam um amontoados de neurônios no interior do estriado ventral chamado núcleo acumbente, são esses neurônios que secretam ou captam o neurotransmissor chamado dopamina - que está ligado as emoções positivas, à motivação ou ao desejo- e também os opiáceos endógenos- que estão ligados ao bem estar que sentimos ao fazer exercícios físicos (por isso a importância de praticar atividades físicas quando em depressão). Estudos revelam que o que diferenciam pessoas deprimidas e as demais é a capacidade de sustentar as emoções positivas, e não de senti-las. Quanto maior a atividade no núcleo acumbente - atividade sustentada por sinais emitidos pelo córtex pré frontal- mais a atitude positiva é presente. quanto menor a atividade nessa região mais presente está a atitude negativa. Pessoas deprimidas possuem pouca atividade nessa região o que explica a pouca capacidade de sustentar as emoções positivas. Para que isso ocorra é necessário então que as atividades no núcleo acumbente sejam aumentadas.
Isso sugere induzirmos a nós mesmos por meio dos pensamentos e da vontade, a sensação de recompensa.( Ativando assim o sistema de recompensa ) Alguns exercícios auxiliam nisso, um deles é treinar esperar por gratificações futuras, resistir a alimentos a fim de ter o prazer de estar mais magro; resistir comprar quando estiver tentado, resistir telefonar para a pessoa amada assim que venha o desejo. Enfim procurar situações em que precise adiar a gratificação. Um outro exercício é a técnica chamada terapia do bem estar, que baseia-se em escrever elogios a si mesmo ou a pessoas do seu convívio. Expressar gratidão regularmente e elogiar os outros com frequência.
Mas atenção, estamos falando especificamente em aumentar a atitude positiva, porém esse é apenas um dos fatores. Quanto maior o nível da depressão, mais necessário se faz um acompanhamento de profissionais preparados. Para tratar a depressão a Terapia Cognitiva é 
a Abordagem psicológica mais indicada.


segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

NEUROCIÊNCIA E TERAPIA COGNITIVA NA DEPRESSÃO

A Terapia Cognitiva é a abordagem psicológica mais eficiente no tratamento de depressão, pois auxilia o paciente a reestruturar cognitivamente pensamentos negativos e crenças disfuncionais, num período de tempo relativamente curto. Durante esse processo ocorre uma maior ativação entre o córtex pré frontal esquerdo e a amígdala, essa ativação é necessária para o paciente tornar-se mais resiliente ( consiga superar as adversidades com maior facilidade ). Por isso é uma abordagem aprovada pela medicina, já que sua eficácia é comprovada cientificamente. Pesquisas revelam que pacientes depressivos que fazem terapia cognitiva tem um grau de melhora significativa em poucos meses de tratamento.

NEUROCIÊNCIA E TERAPIA COGNITIVA NO TRATAMENTO DE TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS TRAUMÁTICO

Algumas pessoas que passaram por situações traumática, como por exemplo acidentes e sequestros desenvolvem o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). O TEPT é um transtorno no qual a sensibilidade ao contexto é afetada, ou seja, a pessoa traumatizada vivencia em experiências normais lembranças dolorosas do trauma. E este é o problema, elas vivenciam os sentimentos ruins em contextos não traumáticos por não conseguir discernir corretamente o contexto social, levando a respostas emocionais que não são adequadas ao contexto. Pessoas que sofrem de TEPT com frequência possui funcionamento anormal do hipocampo, onde as conexões entre ele e o córtex pré frontal são disfuncionais.
O tratamento indicado para fortalecer ou enfraquecer essas conexões é a terapia de exposição, uma das técnicas da Terapia Cognitiva, que consiste em habituar o paciente gradualmente aos sinais que o deixam nervoso ou ansioso.

domingo, 30 de março de 2014

CHORAR FAZ BEM???

Há quem diga que chorar faz bem para a alma, posso até concordar , porém o questionamento que  faço é: Chorar por quem? Chorar prá que? Chorar pelo que?
A tristeza faz parte das nossas emoções básicas, é por ela que nós podemos identificar o que não está indo bem na nossa vida e a partir dessa reflexão podemos nos focar na meta que queremos para resolver aquele problema que nos causou a tristeza. Neste caso podemos  chorar ESPECIFICAMENTE pelo que nos trouxe esse sentimento. Porém quando nosso choro é pelo que interpretamos da situação, então estamos triste não pelo evento em si, mas pela forma como pensamos sobre ele, isso estará relacionado com a nossas crenças, e aí estaremos chorando não de forma específica, mas sim pela ligação que fizemos entre o evento e o que acreditamos de nós.
Por exemplo imagine o fim do relacionamento amoroso, onde seu parceiro(a) escolheu não mais estar com você. Isso realmente é motivo para chorar se você ama seu conjuge, mas de que forma você vai chorar por isso?
 Se você pensar que este era para você um relacionamento satisfatório, que era feliz com ele (a) e que infelizmente ele (a) não quiz mais estar com você, terá uma tristeza específica pelo fim do relacionamento, aceitando que as pessoas não são obrigadas a nos amarem,  que não temos controle sobre os sentimentos delas e que você fez o que podia ter feito para que não terminasse. Apesar de sofrer por um tempo, consiguirá seguir em frente, pois fará atribuição positiva desse evento ruim "Eu fui uma boa esposa, com erros e acertos como todo mundo, mas infelizmente o relacionamento terminou".
Se você pensar que este relacionamento terminou porque você não consegue manter-se com ninguém, porque você foi uma péssima esposa ou por que ninguém te ama, então estará sofrendo pelas suas crenças de incapacidade "Eu não consigo manter um relacionamento", inadequação "Eu não sou uma boa esposa"ou não estima "Ninguem me ama", sendo assim seu sofrimento será duradouro e pode vir a se tornar até mesmo uma depressão.
 Pessoas otimistas fazem atribuições positivas de eventos bons e ruins, enquanto pessoas pessimistas fazem  atribuições negativas tanto de eventos bons como de eventos ruins.
Chorar a perda é saudável quando percebemos que perdemos, mas que podemos superar e que essa perda não está TOTALMENTE relacionada ao que somos. Já chorar a perda é disfuncional quando ligamos o evento ao que acreditamos que somos.
Pensar "Este relacionamento não deu certo", "Ele não me ama" ( específico e temporário ), ao invés de " Todos os meus relacionamentos não dão certo", "Ninguém me ama" ( universal e permanente ) faz toda a diferença no nível de sofrimento e energia dispendida para esse evento.
É certo que algumas pessoas tem mais afetividade positiva que outras, mas uma pessoa pode ser feliz, ainda que sem muita emoção positiva, buscando mudar a sua forma de atribuições a eventos e reestruturando suas crenças disfuncionais.
Se você não está conseguindo sair dessa tristeza sozinho, procure um profissional.
Rosângela Garcia.
Psicóloga Especialista em Terapia Cognitiva